Pessoal | Coisas que marcaram a minha infância

O tema de hoje é um assunto do qual gosto muito de falar. Sou daquelas pessoas saudosistas, tenho a certeza que vou ser uma daquelas velhinhas que vai começar frases com "No meu tempo...". A verdade é que ainda só tenho 25 anos (a mim já me parece muito), mas quando olho para trás, principalmente para os meus tempos de infância, fico sempre nostálgica, com vontade de ter uma máquina do tempo para lá voltar.

Num dos grupos de bloggers do qual faço parte, no Facebook, surgiu esta ideia de um post para todos escrevermos, fomos a votos e ganhou o tema de "coisas que marcaram a minha infância" e eu não hesitei em vir partilhar convosco.

Bem, se já fizeram as contas, eu nasci nos anos noventa, aliás, precisamente em 1990 que é o melhor ano para se nascer - a sério é mesmo, sabem porquê? Nunca se enganam na vossa idade, o último número é sempre igual ao número do ano em que estão, por exemplo, estamos em 2015, tenho 25 anos, em 2001, tinha onze e 2024, terei 34, mas que demore muito para lá chegar, vamos com calminha, que 2001 ainda parece que foi ontem. 

Sem mais demoras, vamos às coisas que marcaram a minha infância, que não estão necessariamente organizadas por preferência:

Dartacão

Vou contar-vos um coisa lamechas, mas cada vez que ouço esta músiquinha fico com uma lagrimazinha no canto do olho. Se tivesse que escolher apenas uma coisa, escolheria o Dartacão. Foram os meus desenhos animados preferidos, lembro-me perfeitamente de me sentar no chão da sala em frente à tv a ver os episódios, de os ver repetidos e já saber a história, de cantar a música da abertura que até hoje ainda sei de cor. Quando vejo estes vídeos fico sempre nostálgica e espero um dia, se for mãe, poder voltar a assistir todos os episódios para mostra-los ao meu filho/a.

Navegantes da Lua

Mais um genérico que eu sei de cor. Mais um que me deixa nostálgica. Eu era viciadíssima nas navegantes da lua. A minha preferida era a Bunny, claro, mas eu era mesmo era apaixonada pelo Gonçalo (deve ter sido a minha primeira paixão platónica, sim um desenho animado). Mas também, já repararam, se o Gonçalo fosse "de carne e osso" o quão jeitoso era? Giro, simpático e depois eu adorava a voz dele (entretanto o meu namorado fez-me o favor de me destruir a felicidade ao dizer-me quem era o actor que fazia a voz do Gonçalo). Lembro-me também que detestava a chibiusa, que irritante.

Livros Anita

Fosse no natal, nos aniversários ou no dia da criança, fosse lá que ocasião fosse que implicasse receber prendas, já sabia que algum membro da família ou amigos me oferecia um livro da Anita (ou então daqueles d'Uma Aventura). Não tenho uma grande colecção, mas ainda tenho uns quantos cá em casa. Este é um deles e sei, pelo menos, que também tenho "Anita e um baile de máscaras", que me lembro porque era o meu favorito.

Pega-monstros

Se vocês nasceram nos anos 90, como eu, de certeza que tiveram, pelo menos, uma coisa destas.

Eu tive vários, iguais a estes que eram uma mão, outros que eram dinossauros, tive-os em várias cores e lembro-me que me deixavam entretida durante um bom tempo. - traduza-se: até ficarem cheiro de porcaria agarrada e não colarem mais - mas havia um truque, para quando eles estavam muito sujos e não colavam, voltarem a funcionar, que era lavá-los com um pouco de água e detergente da loiça, ficavam como novos e eu só comprava outro quando o meu ficava completamente despedaçado.

Iô-Iô's

Outra coisa que eu também tive quando era miúda eram Iô-iô's. Procurei fotos de algum mais parecido com um que tive, mas o mais próximo que consegui foi esta. O meu iô-iô preferido era um super piroso que quando se lançava tocava música e acendia umas luzinhas de várias cores. Era o meu preferido acima de tudo pelas luzes e porque era o mais fácil de lançar. Sim, é que eu tinha muitos, mas nunca fui grande coisa a brincar com eles. Acho quem nem agora sou! 

Tamagotchi

Lembram-se da febre dos Tamagotchi? Claro, eu tive um! O meu era branco, como o do meio, na fila de baixo. Adorava o Tamagotchi, até tinha um colar para o pendurar ao pescoço, levava-o para a escola e ficava com ele na minha mesa de cabeceira durante a noite, o problema era que aquilo se fartava de apitar, ora porque o bicho tinha fome, ora queria brincar, ora fazia cocó... e depois fartava-se de morrer. Coitada da minha mãe que, a meio da noite, quando ouvia aquilo apitar lá ia ela dar comida o limpar-lhe o cocó para o bicho não morrer a meio da noite (sim, porque podia passar um camião que eu não o ouvia ali mesmo ao meu lado). Troquei-lhe as pilhas várias vezes e lembro-me que foi numas férias em Albufeira que consegui "evoluí-lo" até ao fim, depois disso perdeu a graça.

Bicicleta

A primeira bicicleta que tive foi deste género, toda cor de rosa, da Barbie e foram os meus avós que ma ofereceram, no mesmo dia em que compraram um carro novo. Foi portanto a minha primeira "viatura". Antes disso tinha tido triciclos, mas a bicicleta foi uma boa companheira de infância. Lembro-me do dia em que o meu pai e avô decidiram tirar-me as rodinhas e eu espetei-me quase no começo da rua. Amuei e disse que não queria andar mais, mas depressa me passou. Depois fui tendo várias, tive a sorte de durante uns bons anos da minha infância terem sido passados no campo e mais tarde numa aldeia, que me permitiam fazer grandes passeios de bicicleta sem "perigos". Agora estou sem bicicleta, mas quero muito comprar uma para voltar a fazer uns passeios!

Diablo

Este era exactamente igual ao meu. Toda a gente tinha um! Eu ainda era capaz de fazer um truque ou outro, mas um amigo meu era o maior lá da terra, porque conseguia fazer uma série de truques. Engraçado como os miúdos do meu tempo se entretinham com tão pouco.

Campo e animais

(Esta foto não é da minha infância, é de há poucos meses.)

Como disse, grande parte da minha infância foi passada no campo e mesmo depois de não viver no campo, continuava a passar "lá" muito tempo. Os meus bisavós tinham uma espécie de quinta, com vacas, cabras, ovelhas, cães, gatos, patos... enfim, todo o tipo de animais que possam imaginar.

Tive a felicidade de poder brincar na rua, de me sujar, esfolar os joelhos e as mãos, de poder apanhar figos e laranjas directamente das árvores, comer e depois ficar com dor de barriga. De ter grandes companheiros de quatro patas, de apanhar flores do campo e sentir o cheiro dos eucaliptos. É algo que até hoje me trás uma felicidade e uma paz inexplicável, talvez por isso, por ter marcado tanto a minha infância e por ter sido tão feliz assim. 

Felicidade, é essa a palavra que caracteriza a minha infância. Fui uma criança muito feliz, é por isso que fico sempre nostálgica e cheia de saudades e talvez seja por isso que me lembro de muitas coisas dessa época. Agradeço aos meus pais e aos meus avós por me terem proporcionado uma infância cheia de memórias boas e espero um dia conseguir proporcionar aos meus filhos uma infância tão feliz como a minha!

E vocês? O que marcou a vossa infância?