Séries | Narcos
A série que me fez torcer pelo mau da fita

Narcos foi uma daquelas séries que vi até acabar todos os episódios. Foi assim, todos os dias até ao final da segunda temporada e foi num instantinho.
Sempre ouvi falar na série, o João começou a ver um episódio, mas disse-me que não tinha gostado muito e eu nem experimentei a vê-la na altura (erro meu). Há uns tempos lí um artigo sobre um sicário de Pablo Escobar que sobreviveu e, na altura, tudo me despertou mais curiosidade... cheguei até mesmo a fazer algumas pesquisas sobre aquele que foi o rei do tráfico. Depois, há uns tempos, um colega meu no trabalho estava sempre a falar na série e na expressão de Escobar "Plata o plomo" (dinheiro ou chumbo) que ficou conhecida nos subornos e chantagens que eram feitas à polícia.
Tínhamos acabado recentemente de ver uma série e estávamos ainda sem saber qual seria a próxima. Sugeri ao João que desse uma segunda oportunidade ao Narcos e que visse comigo (e ele não se arrependeu). No meu caso, a série foi mais uma forma de ver em filme o que, no geral, já sabia que tinha acontecido por escrito, devido às pesquisas que tinha feito na altura em que lí o artigo sobre o tal sicário. 


Curiosamente, apesar de todas as coisas terríveis que Pablo Escobar fez, esta série deixou-me com mixed feelings. Em grande parte, creio que foi da excelente representação de Wagner Moura, que é um dos meus actores brasileiros favoritos. Esta série veio reforçar isso ainda mais. Outra coisa interessante e que gostei de ver em Narcos, foi a evolução do actor no desempenho do papel. Nos primeiros episódios da série, o espanhol de Wagner está a roçar o mauzinho. O chamado portunhol, mas com sotaque brasileiro. Na segunda temporada, a melhoria do espanhol era claramente notável. 


Ainda que na primeira temporada o espanhol não fosse dos melhores, a representação foi e só melhorou a cada episódio que passou. Além disso, a abordagem da vida de Pablo foi muito bem explorada, mostrando o seu pior lado, frio, louco e até terrorista e depois, o lado ternurento de homem de família (ainda que infiel) e de pai carinhoso. Acho que a parte boa de Escobar, acabava por me fazer torcer por ele, mesmo já sabendo que o desfecho no final não nos ia ser favorável. Torci, no último episódio da segunda temporada, que a ficção, pelo menos só dessa vez, pudesse não coincidir com a realidade. Estranho, não é? Torcer por alguém que sabemos que é mau. Acho que o interessante da série foi isso mesmo. Ficamos quase como a sentir-nos um parente próximo de Pablo Escobar que, mesmo sabendo todos os seus podres e os seus actos mais terríveis, continuamos a querer que no fim ele pudesse ficar ali mais tempo (na série, claro).


Como devem ter percebido, até agora não falei nada de especial em relação à história da série, ao contrário do que costumo fazer aqui no blog. É intencional porque, caso ainda não tenham visto nem conheçam a história muito bem, não quero estragar-vos nem um segundo de episódios com spoilers. Se ainda não viram, vejam, aconselho. Uma das minhas séries favoritas, pelo menos até à segunda temporada, sobre a terceira ainda estou expectante.  


4 comentários:

  1. Ola Linda:) Adoreiii o post, Bom fim de semana:) Bjs
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    Instagram:@openklosetbykarina

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  2. Já ouvi falar da série, mas ainda não a vi!

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  3. Olá :) Enviamos um convite para o teu email.
    Contamos contigo? :)

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  4. Nunca vi...não costumo acompanhar séries!

    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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